sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Limpeza

Tanto tempo sem postar deixou acumular bastante lixo aqui no recinto. Contratei uma empregada doméstica, com a bunda da Juliana Paes, os peitos da Pamela Anderson e o cérebro da Luciana Gimenez. Porém, ela fugiu quando chegou para a entrevista. Acho que o pote de manteiga e o fato de minhas genitálias estarem coberta com chantilly influenciou no fato.
Então, sem empregada, tive que arregaçar as mangas, embora estivesse sem camisa, e ir para a guerra. Comecei pelo banheiro. Para limpá-lo, comprei C4 e dinamite. Acredito que o vizinho reclamou algo depois de findado o serviço, porém, minha nova condição de surdo após as explosões não colaborou muito para nosso diálogo
Segunda parte, a cozinha. Ex-funcionários sempre que eram demitidos deixavam caixas de papelão com presentes para minha estimada pessoa. Todavia, nunca os abri, e mandava para a cozinha, onde eram feitas as refeições do famoso "Penicão da Fábrica". Estranhei o cheiro de merda do lugar, e joguei gás mostarda em todos os cantos. O problema foi ter perdido o olfato após o serviço.
Em seguida, continuei a assepsia com o objetivo de assear a sala de reuniões. Lá estavam pilhas de documentos de negócios escusos que não de onde poderiam ter vindo. Uma equipe da Polícia Federal me aguardava com um mandado de prisão, mas não pude assinar, pois repentinamente fiquei cego. Eles ainda pediram informações a respeito de um certo ex-funcionário que tem contas nas Ilhas Cayman, mesmo sendo faxineiro e morando num barraco, mas como um passe de mágica também fiquei mudo.
Ao chegar em minha casa e exausto após a cansativa faxina, refestelei-me com um Uísque vendo um filme pornô. Ao mesmo tempo, ouvia "Pinball Wizard" e cantava junto com Roger Daltrey. Amanhã irei ao fliperama do lado do trabalho, e só posso dizer a quem não entendeu ouvir mais rock sessentista.


Ah, contratei uma empresa de limpeza, minha faxina ficou uma merda.

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A comunidade da Fábrica no Yakult pra quem não sabe é aqui. Não que alguém deseje adentrar. Sinceramente, não entro em comunidades que me aceitem como membro.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A volta da volta

Semelhante ao Jason Voorhes, eles sempre me matam, porém, dou um jeito de voltar. Como o mundo é feito de metáforas, os adolescentes que matam o assassino da incrível saga “Sexta-feira 13” podem ser comparados ao álcool em minha vida. E para quem sente saudades do que escrevo, ou seja, os analfabetos, digo com pesar que para meu estimado retorno não irei realizar nenhum crossover com Freddy Krueger.
Estou de volta povo, e pela primeira vez em muito tempo sem ressaca. Acredito que a falta de perspectivas em relação a esta pocilga venha fazer com que eu seja mais livre para escrever aqui o que bem entender. Mas devo confessar que minha ausência foi antes (ou durante, não lembro) um porre regado a uísque, tequila e CDs do Chiclete com Banana.
Tudo começou numa sexta-feira 13 após o trabalho, no qual vozes em minha cabeça compeliam-me a ir na direção do bar. As vozes eram parecidas com um amigo meu em situação financeira deficitária, e achei estranho ao constatar que esse amigo era imaginário. Todavia, sempre pedia bebida para dois, e como ele é abstêmio, entornava por ele.
Depois de um copo, não lembro se o 17º ou 232º (duplo, claro), entraram dois homenzinhos verdes com a camisa do Flamengo no estabelecimento. Achei estranho, pois pensava que homenzinhos verdes poderiam usar apenas camisas do Palmeiras. Eles vieram diretamente até mim e disseram.
- Leve-nos ao seu líder.
Prontamente, os levei até o gerente da boca da região, que deu dois tiros em cada um e me cobrou o preço das balas, por levar “esse povo doente pra ele, eu não sou Jesus pra curar os doentes, porra”.
Enfim, só lembro que daí pra frente parei em frente ao que parecia ser um Fusca ou um disco voador, não sei direito a diferença, e como os ônibus para minha humilde morada no cu do Judas não passaria mais naquele horário, adentrei o veículo interplanetário, ou enguiçado, também não lembro.
Ao guiar o disco (ou Fusca), passei pelos anéis de Saturno (ou Arcos da Lapa), pelos vulcões de Vênus (ou operação policial na favela), e pelo cinturão de asteróides (ou teria batido com o carro?). Enfim, espero que meus três leitores engulam essa história, porque meu psiquiatra não engoliu, e não tenho a menor idéia de como terminar este texto. See ya, fellas.


Bem que minha avó dizia que bolsa no chão faz o dinheiro ir embora.