domingo, 8 de julho de 2007

Tipos

Por morar numa cidade que têm de tudo um pouco, funkeiros, pagodeiros, axezeiros (isso existe?), deparo-me com os tipos mais estranhos. Acho que o mais engraçado (involuntariamente, claro), são aqueles universitários, geralmente filhinhos de papai, que se acham superiores porque leram dois livros que ninguém leu. Sério, nunca trabalharam e acham que o proletariado sofre, são socialistas e usam All Star e camisa do Che Guevara que compraram na C&A, na verdade, tudo muito sensato.

Outra coisa legal são os homossexuais heterofóbicos. Parece hoje em dia que, se você não é gay, você é um ET. Se não têm (ou teve) relações com alguém do mesmo gênero, sua cabeça é fechada, um porco machista (ou feminista, whatever), uma relíquia de tempos imemoriais em que as pessoas faziam sexo (também) para manter a espécie (se bem que isso não é muita vantagem, já que a humanidade faz muita merda).

Ah, e as pessoas que são xiitas em seus gostos musicais. Ok que funkeiros devem ir ao paredão, e axé é a evolução (?) da tortura medieval, mas algumas pessoas perdem a linha. Se você não compartilha o mesmo gosto musical de tal individuo, você não pode respirar, tomar cerveja no mesmo bar sem ser olhado com nojo. Na maioria das vezes são indies, e pela falta de sexo, cérebro ou os dois, escutam a música da maior banda de todos os tempos da última semana. A ironia é que, por consumirem ídolos descartáveis, acabam sendo pessoas descartáveis. Só falta uma descarga grande.

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