segunda-feira, 30 de julho de 2007

Na lojinha

Olhando mulheres gostosas no shopping, parei em frente a uma loja diferente. Mercadorias esquisitas, uns vidros fumegando de cor púrpura. Entrei e comecei a olhar o que estava escrito.

-Aí, quanto ta a garrafa de esperança?

-Quatro “conto”, três por dez.

-Demorou, e perspectiva, quanto tá?

-Perspectiva acabou, tá em falta.

-Porra, do que adianta esperança sem perspectiva?

-Olha, tô sem perspectiva pra vender, mas eu tenho muita ilusão encalha...digo, no estoque.

-Porquê tem tanta ilusão assim?

-Ah, têm muita matéria prima, a ingenuidade. Isso dá que nem música ruim em FM.

Entra uma senhora bem vestida (na verdade, mal vestida, mas ela acha) com cara blasé, me empurra e fala:

-Oi, olha só, eu vou numa passeata na praia hoje, e queria um pouco de hipocrisia.

-Quantas garrafas?

-Me dá todas (próclises, próclises), depois eu tenho uma reunião dos MSSMC (Moral, só se me convir), e preciso de hipocrisia para servir a erva.

-Erva?

-É, maconha, porra. Ou pensou que era chimarrão? Vendedor burro.

-Mais alguma coisa?

-Ainda têm um pouco de falsidade?

-Só sobrou discernimento. Serve?

-Acho que pra reunião, um vidrinho basta.

sábado, 28 de julho de 2007

A minha maior preocupação...

é, nesse exato momento, não ter nenhuma foto de algum evento do Pan no orkut.

Uma lástima.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Não consigo dormir

Do mesmo jeito que você não consegue comentar...Na verdade, converso com o Wilson, já que ninguém vêm aqui mesmo. Eu devo estar louco, conversando com uma bola de vôlei, até pelo fato de não ter nenhuma bola de vôlei por perto.
Ah, e vocês acreditam (por vocês, entenda-se Tyler Durden, Wilson e Jacaré Azul) que tinha uma mina no trabalho que me chamou de louco porque ela não conhecia o Wilson? E não, não era parente da mina que me chamou de louco por ler um livro de 700 páginas. Mundo estranho.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

ACM já era

Não sei porque tanta tristesa. Afinal, nunca soube direito qual a diferença entre a Associação Cristã de Moços e uma academia qualquer. E essa associação parece coisa do Village People.

sábado, 21 de julho de 2007

A fofoca

Sério, eu não consigo entender essas pessoas que compram livros de auto-ajuda. Quem mexeu no meu queijo, quem roubou meu queijo, ou “Cara, cadê meu queijo?”. Por exemplo, “O Segredo”. Se tá publicado, não é segredo pra mais ninguém, oras. Se pensamento positivo ganhasse jogo, a China seria pentacampeã do mundo em futebol.

Eu queria era ver a cara das pessoas: “Pô, o livro disse que se eu pensar positivo atraio dinheiro, então gasto por conta”. Ai chega a fatura do cartão, e o pensamento positivo vai pras cucuias. O banco não aceita pagamento por telecinese ainda, e mesmo que aceitasse, pessoas que pensam assim não devem ter muita coisa de valor na cabeça.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

boooom

BOOOM!!!

Esse negócio de nego ficar chorando porque cai avião é um saco. Já tá uma merda andar de avião têm mais um ano e o governo, aeronáutica ou a associação de empinadores de pipa(eu disse PIPA) nada fazem. Enquanto isso, eu que ando de ônibus, vejo um acidente fatal por dia quando volto do trabalho. Sem contar os “dimenor” mortos em operações nas favelas. Mas como não explode nada, e só morre pobre, ninguém liga mesmo.

domingo, 15 de julho de 2007

A voz do povo

É a voz dos esquizofrênicos. Ou como pode Lula ser reeleito com recorde de votos, ter uma aprovação gigante em pesquisas e ser vaiado na abertura do Pan?

domingo, 8 de julho de 2007

Tipos

Por morar numa cidade que têm de tudo um pouco, funkeiros, pagodeiros, axezeiros (isso existe?), deparo-me com os tipos mais estranhos. Acho que o mais engraçado (involuntariamente, claro), são aqueles universitários, geralmente filhinhos de papai, que se acham superiores porque leram dois livros que ninguém leu. Sério, nunca trabalharam e acham que o proletariado sofre, são socialistas e usam All Star e camisa do Che Guevara que compraram na C&A, na verdade, tudo muito sensato.

Outra coisa legal são os homossexuais heterofóbicos. Parece hoje em dia que, se você não é gay, você é um ET. Se não têm (ou teve) relações com alguém do mesmo gênero, sua cabeça é fechada, um porco machista (ou feminista, whatever), uma relíquia de tempos imemoriais em que as pessoas faziam sexo (também) para manter a espécie (se bem que isso não é muita vantagem, já que a humanidade faz muita merda).

Ah, e as pessoas que são xiitas em seus gostos musicais. Ok que funkeiros devem ir ao paredão, e axé é a evolução (?) da tortura medieval, mas algumas pessoas perdem a linha. Se você não compartilha o mesmo gosto musical de tal individuo, você não pode respirar, tomar cerveja no mesmo bar sem ser olhado com nojo. Na maioria das vezes são indies, e pela falta de sexo, cérebro ou os dois, escutam a música da maior banda de todos os tempos da última semana. A ironia é que, por consumirem ídolos descartáveis, acabam sendo pessoas descartáveis. Só falta uma descarga grande.